A origem deste estilo remonta uma época paralela à Soul Music, nos anos 70, cuja execução no Brasil foi realizada por DJs como Mister Funk Santos. O charme tem mais do som da Filadéfia pelos arranjos e melodia do que propriamente do Soul, afinal, tratava-se de uma terceira vertente depois do Soul e o Funk.

O termo Charme (R&B) foi criado por Corello DJ, no Rio de Janeiro, em março de 1980. Ele introduziu a musicalidade do Charme e as pessoas começaram a gostar. O Charme também contou com a colaboração direta de DJ's que abraçaram a causa. O primeiro a aderir foi o DJ Marcão da Rádio Tropical do Rio de janeiro, A DJ e locutora Áurea, DJ Marlboro (em início de carreira), Fernandinho DJ, Orlando DJ, entre outros. No final dos anos 80 e início dos 90, surgiram os primeiros artistas nacionais que começaram a produzir músicas no Brasil ou a adaptar antigas canções para este gênero musical. Dentre estes cantores destacam-se: Alexandre Lucas (como vocalista da "Banda Fanzine" ou em sua carreira solo), Edmon, Abdula, Marta Vasconcelos, o conjunto Fat Family, Sampa Crew, Copacabana Beat, Claudinho & Buchecha, Marina Lima, Fernanda Abreu, D'Black e Shirley Carvalho.

Nesta trajetória, os charmeiros passaram a classificar as músicas e chamá-las de acordo com a ocasião de respectivos lançamentos, atribuindo-lhes o nome de “flash back”, “midbacks” , “New Jack Swing”, “Smooth jazz”, “Slow Jams Urban” e “R&B”. Com certa regularidade são promovidos  reuniões de charmeiros, especialmente de antigos freqüentadores dos bailes charme. Nestes bailes especiais, é nítida a diferença entre a faixa etária de seus freqüentadores, tradicionalmente chamados de "cascudos", em relação àquela vista em bailes com músicas atuais.